Isaque e a arte de cavar poços no deserto
Isaque é
um maravilhoso exemplo de persistência e determinação. Sua vida nos encoraja. O
segundo patriarca da fé, que nasceu resultado de uma promessa. Que silenciou a
caminho de Moriá quando seria sacrificado. Plantou (semeou), colheu no deserto
e prosperou, como nenhum homem da sua época.
Seguindo
a orientação divina, tornou-se um exemplo, mas não sem lutas, não sem crise,
não sem deserto!
Querido,
a crise faz parte da nossa realidade. Crise na família, financeira, espiritual,
moral, emocional... Os efeitos da crise estão estampados em cada esquina, nos
rostos de milhares de pessoas que cruzamos diariamente. Porém, pior que a crise
é a conformação com ela.
Muitos já
não reagem diante das adversidades, estão anestesiados, com a esperança morta,
com os sonhos entulhados nas covas das impossibilidades. O que distingue um
vencedor daqueles que sucumbem vencidos nos desertos da vida não são as
circunstâncias, e sim as atitudes com que cada um enfrenta a crise.
A crise
pode ser a porta da esperança ou o calabouço do desespero... Ela eleva uns e
abate outros. Todo vencedor é um visionário, ele vê o que poucos vêem. Ele vê
além do óbvio... Quando todos estão mergulhados nos problemas, ele procura a
solução.
Cavar poços na antiguidade significava a busca
de um bem muito precioso, muito mais valioso que o ouro e também provia a
própria sustentabilidade e sobrevivência da vida pessoal e familiar.
Devido à predominância da vida rural nos
desertos do oriente, a criação de animais, ovelhas, gados, fazia da água forte
fonte de provisão que trazia riquezas a quem a
encontrasse.
Isaque era um homem obstinado, um exímio
cavador de poços. Aprendeu com seu pai Abraão, ser um homem de caráter,
trabalhador e cumpridor de seus deveres, tanto nas relações familiares como
sociais.
A prosperidade obtida passava pelo exemplo de
fé que viu e ouviu, de modo tão exemplar em seu pai.
A prática
de cavar poços e motivar aos servos a trabalharem na busca das águas profundas,
fazia de Isaque um homem riquíssimo, tudo em que tocava prosperava. Deus estava
com ele.
Por
inveja, seus inimigos o perseguiram e o
expulsaram de suas terras, mas quanto mais eles procuravam fazer-lhe mal,
lançando-o fora, mais ele prosperava.
A terra
onde Isaque morava passava por uma grande fome e ele teve que ir para um lugar
distante, a terra dos Filisteus. Deus o proibiu de ir para o Egito e foi em
Gerar que ele fez morada.
Em Gerar,
com trabalho, esforço e com as mãos abençoadas,
Isaque logo se destacou como um dos homens bem sucedidos daquele país, e
por esta causa o expulsaram como já havia ocorrido outras vezes. E assim, ele
foi morar no ‘vale’ de Gerar. “Então Isaque saiu dali e se acampou no vale de
Gerar, onde habitou.” Gênesis 26:17
Muitas
vezes, quando sofremos perseguições,
somos lançados no vale, na planície; o lugar onde os inimigos procuram nos
humilhar e nos fazer sofrer. Existe vários vales pelos quais passamos em nossa
humilhação: vale da vergonha, do
desemprego, das dívidas, das tensões familiares, da discórdia com o esposo, com
a esposa, no relacionamento difícil com os filhos, traições, invejas,
amarguras, tristezas, da enfermidade, do abandono. É um verdadeiro martírio, um
vale é um lugar de prova e de sofrimento.
Como ser abençoado
no vale? Como conseguir ver a mão de Deus em um tempo de sofrimento e
perseguição de nossos inimigos? Como prosperar no vale? A resposta é: Cavando poços.
Isaque
continuou cavando poços no vale. Ele não parou, lamentando-se, maldizendo-se, e não deu importância à ridicularização que seus inimigos empreendiam contra ele.
Cavar
poços dá trabalho. Ir à busca das águas profundas dá trabalho. A água é um bem
que provê sustentabilidade, provisão e vida. Têm muitos que estão morrendo
porque pararam de cavar poços, pararam de trabalhar e de acreditar que a bênção
viria.
Continue
cavando, não pare!!!
Tenha uma
convicção em sua alma: você encontrará água com seu esforço, com seu trabalho,
com ajuda de outros. Não será nada fácil, mas ela brotará, fluindo com força e
constantemente.
Isaque,
no vale em Gerar, cavou os mesmos poços que seu pai havia cavado e que os
filisteus mais tarde os tinham entulhado. Havia se passado quase cem anos,
desde que seu pai tinha passado por ali. Mas as marcas da obediência, e do trabalho que fizera,
continuavam ali, como memorial.
O
respeito, amor e admiração que Isaque nutria por seu pai, o
impulsionaram a honrá-lo,
pois o testemunho que ele deixará foram
paradigmas que o ajudaram no tempo de crise, pelo qual passava.
Um principio espiritual para sua vida: nunca se
esqueça de honrar as pessoas que você ama, mesmo de um passado distante, pois,
o reconhecimento é uma dádiva dos sábios.
Cavando
poços no vale, Isaque achou água, mas os inimigos disseram “esta água é
nossa!”. Houve contenda entre os servos de Isaque e os servos de Abimeleque, o
rei daquela cidade. Pelo que o poço passou a ser chamado de ‘Eseque”, que significa: “contenda’ “
“Cavaram os servos de Isaque no vale, e acharam um poço de água nascente. Mas
os pastores de Gerar contenderam com os pastores de Isaque, dizendo: Esta água
é nossa. Por isso chamou o poço de Ezeque, porque contenderam com ele.” Gênesis
26:20.
No vale,
pessoas irão dizer quando obtiveres alguma bênção: “ Isso é meu, a mim
pertence”. O que fazer quando a contenda chegar? Brigar, bater, esmurrar,
xingar, processar, matar? Não! O tempo e o desgaste produzidos nas contendas
irá fazer falta na hora de escavar novos poços.
Isaque,
na contenda, mostrou que tinha o coração sarado e confiava que seu Deus, que nunca falha, daria
outro lugar em que fosse abençoado. Ele saiu dali e foi cavar poços em outro
lugar.
Deixa-me dizer-te uma coisa: aonde você for à bênção
te seguirá!
Tornaram
a cavar poços em outro lugar, e logo acharam águas, mas os inimigos tornaram a
dizer: “Essa água é nossa!”; por isso aquele poço foi chamado de Sitna, que
significa: ódio, mesma raiz hebraica de Satanás. . “Então cavaram outro poço, e
também por causa deste contenderam, recebeu o nome de Sitna.” Gênesis 26:21
No vale,
a raiz de Satanás, geradora de ódio e
amargura irão querer tomar conta de tua alma; são verdadeiros inimigos que irão
querer tirar a tua bênção. O que fazer nesse tempo? Matar, amaldiçoar, maldizer
o dia que nascestes? Não!!! Saia do conflito, saia do meio das pessoas
contenciosas e malignas, saia do meio dessa raiz maligna de Satanás. Vá cavar
poços em outro lugar. A Bíblia diz: caminhe a segunda milha; bateram e tua face
oferece outra. Mateus 5:39,41 Deus está contigo, a bênção te seguirá.
Isaque
saiu e foi cavar poços em outro lugar. Não é o lugar que é abençoado, é você que leva a bênção e o Deus da bênção
em tua vida.
Isaque
achou água, e os inimigos não o perseguiram mais, por isso ele passa a chamar
aquele lugar de Reobote, ‘amplidão’, ‘Alargamento’. “Partindo dali, cavou ainda
outro poço; e, como por esse não contenderam, chamou-lhe Reobote e disse:
Porque agora nos deu lugar o SENHOR, e prosperaremos na terra.” Gênesis 26:22
Isaque
achou que por não haver mais conflitos com os inimigos, aquele era o lugar
definitivo da bênção de Deus para sua vida. Ele estava enganado.
Devemos
aprender um principio importante: nem sempre as ausências de conflitos
significam que Deus está nos abençoando e que ali é o melhor lugar para nós. É
verdade, há um alívio, um alargamento, uma amplitude; temos folga, mas Deus tem
mais, tem coisas melhores para nós, tem promessas poderosas.
Isaque
estava satisfeito no vale em Gerar, mas Deus tinha Berseba para ele, o lugar da
bênção. Nunca o vale será bom o suficiente para nós, temos que subir a Berseba,
lugar de promessas e de alianças.
Depois do
vale, das lutas e provações, vem a segurança de que nosso amado Deus não nos
abandonou.
Isaque
subiu, para Berseba, e ali se acampou, invocou a Deus, e Deus se revelou para ele.
Berseba
significa: O poço do juramento e das alianças, das promessas.
Foi em
Berseba, cem anos antes, que Isaque viu Deus
revelar – se a seu pai, Abraão, como EL Olam, o Deus eterno, o Deus das
profundezas, que se esconde e que se revela aos seus servos e amigos. Naquele
mesmo lugar, ele ouviu as mesmas palavras que o fizeram ter a certeza de
que as promessas divinas são cumpridas.
Deus
disse a Isaque: “Não temas, porque eu sou contigo, abençoar-te-ei e
multiplicarei a tua descendência por amor de Abrão, meu servo.” Deus fez uma
promessa que abençoaria sua vida e sua posteridade para sempre. Assim como fez
com Abraão, chamando-o de amigo. Deus cumpre as suas promessas.
Deus, o
El Olam, tem promessas para os que
caminham na fé de Abraão e de Isaque. Ele tem o melhor dessa terra para nós.
Isaque
fez quatro coisas importantes em Berseba, que todos devemos fazer: 1. Levantou um altar.
2.
Invocou o nome do SENHOR. 3. Armou a sua tenda. 4. Deixou os seus servos abrisse ali um poço.
O altar é
lugar da presença de Deus, e onde fazemos sacrifícios. O invocar a Deus é nossa devoção diária a El Olam. Armar a
tenda significa que a minha casa deve está próxima à presença de Deus.
Significa também estabilidade no propósito com Deus. Cavar poços em Berseba
significa que preciso continuar acreditando que meu Deus abençoará as obras de
minhas mãos, e eu irei encontrar as águas profundas. “Nesse mesmo dia, vieram
os servos de Isaque e, dando-lhe notícia do poço que tinham cavado lhe
disseram: Achamos água. Ao poço, chamou-lhe Seba; por isso, Berseba é o
nome daquela cidade até ao dia de hoje”
Gênesis 26: 33
Aquele
que procura cavar seus poços em busca das águas profundas do Espírito Santo, em
terra de promessa, além de encontrar água, será reconhecido pelos inimigos como
“O abençoado do Senhor.” Gênesis 26:29.
Esta mensagem abençoou a minha vida. Sou grato, em nome do sangue de Jesus Cristo.
ResponderExcluirMensagem abençoada e edificante , que Deus continue te usando como um instrumento de ministração da palavra aqui na terra dos viventes!
ResponderExcluirGlória à Deus
ResponderExcluirGlória à Deus
ResponderExcluirMuito forte aprendo muito com essa palavra
ResponderExcluirFoi uma viagem profunda
ResponderExcluirEstou cheio da Glória
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Como uma corrente de águas
Foi muinto edificante