Pacto de Lausanne
Suíça
150 países, 2700 líderes, 1974.
Pacto: Contrato que impõe obrigações.
(Não é só declarar, mas fazer).
Introdução
Pacto de Lausanne – A mais significativa das confissões sobre o evangelismo já produzida pela Igreja.1 – 50% dos delegados eram oriundos do terceiro mundo.
O documento marcou uma parcela significativa das comunidades evangélicas de todo o mundo. Que a mensagem do evangelho não inclui apenas as boas novas da salvação individual, mas o projeto para que os cidadãos celestiais, os salvos em Cristo, manifestam os sinais do Reino na sociedade decadente em que estão inseridos. Ser sal, ser luz.
A Igreja de Cristo ao longo da história procurou não fazer uma dicotomia entre evangelização e ação social, consciente e transformadora:
- Recuperar a unidade da Igreja na prática de nossa missão.
- Aprofundar o conceito de missão integral.
- Assumir os riscos desse envolvimento.
- Evitar os desvios que nos levam para longe de Deus e da sua vontade.
- Resgatar o caráter profético do sermão.
- Não permitir o retrocesso na prática de missões.
Tocados pelo que Deus vem fazendo em nossos dias, movidos ao arrependimento por nossos fracassos e desafiados pela tarefa inacabada da evangelização, as boas novas da salvação para todo o mundo, obediência (por graça) de proclamar e fazer discípulos.
a. Cristãos que levam tanto Cristo como a Igreja a sério
b. Não podendo chamar Cristo de Senhor sem serem responsáveis de sua nova comunidade.
c. Convencidos de que Deus vem fazendo (agindo).
d. Arrependimento x Triunfalismo (substituindo por humildade).
e. Reconhecendo nossas falhas e a consciência da ação de Deus nos leva ao desafio da evangelização.
1. Deus e seu propósito
1. O ser que Deus é:
a. Um ser eterno e ativo, Criador e Senhor do mundo (Is 40:28).
b. Tanto um como três, que governa todas as coisas segundo a sua vontade.
2. O propósito de Deus.
Chamar um povo para si, a Igreja, povo de peculiar propriedade de Deus, que tem chamado do mundo e enviado ao mundo como servos e testemunha, para estender o Reino e edificar o “Corpo de Cristo”, para a glória dele mesmo (Deus).
Que muitas vezes negamos o chamado e falhamos na missão.
Como vasos de barro transportamos o tesouro, o Evangelho, e na nossa fraqueza o poder de Deus se destaca.
2. A Autoridade e o Poder da Bíblia.
- Autoridade.
- Inspiração – Homens movidos pelo Espírito Santo a tal ponto que se poderia dizer que os lábios de Deus a proferiram (A Palavra de Deus – Assim diz o Senhor:)
- Veracidade – Sendo a Palavra de Deus escrita é verdadeira (Nm 23:19) em tudo o que afirma.
- Autoridade – A conseqüência lógica das afirmações anteriores. Única regra de fé e prática.
- O Poder da Bíblia.
Para cumprir o seu propósito.
- Quando Deus fala também age (vê-se claramente no relato da criação).
- O Evangelho é o Poder de Deus para salvação (Rm 1:16).
- O Espírito Santo a usa, fala e age através dela (1Co 2:1-5, 1Ts 1:5, 1Pe 1:21).
- A mensagem da Bíblia é a mesma para toda a humanidade e destina-se a ela, é imutável, através dela o Espírito Santo fala ainda hoje.
Deus ilumina as mentes do seu povo de modo a perceberem a sua verdade em toda cultura, de maneira sempre nova. Assim toda a Igreja deve receber a revelação integral de Deus.
3. Unicidade de Cristo.
Um só Salvador e um só Evangelho.
O Novo Testamento é diversidade sem conflito.
- Unicidade de Cristo, Ele é o Salvador.
- Há somente um Salvador, e mediador, Cristo (1Tm 2:5-6, At 4:12).
- Deus ama todos os homens (?) x Eleição, a Bíblia ensina ambas as verdades.
- Universalidade de Cristo, Ele é o Salvador do mundo.
- Por ser único deve ser proclamado por todo o mundo.
- Nem todos os homens serão salvos.
- O convite deve ser estendido a todos.
4. A Natureza da Evangelização.
- Boas novas em Cristo.
- Morreu por nossos pecados.
- Ressuscitou segundo as Escrituras.
- È Senhor e Rei.
- Oferece perdão de pecados e o dom do Espírito Santo a todos os que se arrependerem e crerem.
- Cristo bíblico e histórico como Salvador e Senhor.
- Persuadir as pessoas a se reconciliarem com Deus.
- O prelúdio da evangelização.
- Presença (contato).
- Proclamação (Jesus bíblico e histórico).
- Persuasão (honesta e franca).
- Diálogo (indispensável).
- O objetivo da evangelização é a conversão.
5. Responsabilidade social cristã.
Toda pessoa possui uma dignidade intrínseca porque foi feita imagem de Deus.
O dever social político faz parte do cristão (a fé sem obras é morta).
O testemunho do século XIX na Inglaterra foi notável.2
- Doutrina de Deus.
- Criador e juiz de todos os homens.
- Devemos partilhar o seu interesse pela justiça.
- Pela reconciliação do homem com Ele.
- Libertação de todo jugo e opressão.
- Doutrina do homem.
- A responsabilidade social.
- Evangelização.
- Doutrina da salvação.
- Salvação e libertação do mal.
- Doutrina de Reino.
- Quando se recebe a Cristo se nasce de novo no seu Reino.
- Ser cidadão do Reino é ansiar por justiça.
6. Igreja e Evangelização.
- Somos enviados a exercer a missão sacrificial de levar o evangelho integral ao mundo todo.
- O povo remido é a agência de Deus na terra.
7. Cooperação na Evangelização.
Evangelização que nos convoca a unidade.
Devemos estar unidos em comunhão.
Rejeitar o individualismo propõe o empenho numa unidade mais profunda.
- Missão da Igreja.
- A missão de Cristo é modelo para a Igreja.
- Cristo não ficou a parte da vida e dos sofrimentos do mundo.
- É preciso penetrar na sociedade não cristã.
- A evangelização integral ao mundo.
B. Integridade da Igreja.
- Se, esperamos ser ouvidos, precisamos viver o que pregamos.
- A cruz precisa ser tão central em nossas vidas como ela o é em nossas mensagens.
- Quando a Igreja não vive o que prega, ela é pedra de tropeço para o Evangelho.
- A Igreja está acima de todas as organizações humanas.
C. A unidade da Igreja.
- A unidade invisível e indestrutível precisa se tornar visível.
- A nossa desunião enfraquece o evangelho da reconciliação.
- A unidade visível deve manifestar-se por uma confissão.
- A única unidade que agrada a Deus é a unidade na verdade (fé bíblica, comunhão uns com os outros nas obras e no testemunho).
- Precisamos aprender a planejar e trabalhar juntos.
8. Esforço congregado de igrejas na evangelização.
- A responsabilidade de evangelizar pertence a todo Corpo de Cristo.
- Processo permanente de reavaliar nossa responsabilidade e ação missionária.
- O esforço congregado revelará o caráter universal da Igreja de Cristo.
9. Urgência da Tarefa de Evangelização.
A. Dois bilhões e setecentos milhões de pessoas ainda por ser evangelizadas (?)3
.
- A tarefa de evangelizar pertence a todo povo de Cristo.
- A tarefa vem sendo desenvolvida pela Igreja e Instituições para-eclesiásticas (Deveriam ser departamentos na Igreja).
- A responsabilidade é alcançar a área que está plantada, bem como enviar missionários a outras partes do mundo.
- O Concílio de Lausanne reconheceu como válido a existência das Instituições Para-Eclesiásticas.
- Existe uma receptividade sem precedentes ao Senhor Jesus Cristo.
- Ocasião própria para a evangelização mundial.
- Liberar recursos para as áreas não evangelizadas.
- Estamos chocados com as injustiças que provocam a pobreza.
- Os cristãos que vivem em opulência, tem uma obrigação em particular.
- Devemos desenvolver um estilo de vida simples, e contentar-nos com o que é necessário à vida.
- Contribuir generosamente para aliviar e evangelizar os necessitados.
10. Evangelização e Cultura.
- A cultura deve ser julgada e provada pelas Sagradas Escrituras.
- O Evangelho avalia todas elas (culturas) segundo seu próprio critério.
- A Igreja tem que procurar transformar e enriquecer a cultura.
11. Educação e Liderança.
Um estilo cristão de liderança, não em termos de domínio, mas de serviço.
Em toda nação e cultura deve haver um eficiente programa de treinamento para pastores e leigos, desenvolvidos a partir de iniciativas locais criativas, de acordo com os padrões bíblicos.
- A Cultura deve ser testada e aprovada pelas Escrituras.
- Deve ser julgada pelas Escrituras.
- O evangelho não pressupõe a superioridade entre uma cultura e outra.
- As missões tem exportado a cultura com o Evangelho.
- Liderança.
- O crescimento numérico não justifica o detrimento espiritual.
- Toda Igreja deve ter líderes nacionais.
- Há necessidade de desenvolver educação teológica.
12 e 13. Conflito Espiritual / Liberdade e Perseguição.
A Igreja deve esperar feroz oposição.
- Oposição:
- Conflito espiritual contra os principados e potestades.
- Falsas ideologias fora da Igreja.
- Armas morais e intelectuais (Pecado e mundanismo – hábitos questionáveis)
- Métodos duvidosos para conseguir resultados.
- Perseguição física e legislação restritiva.
- Antídoto:
- Usar a Armadura de Deus (Ef 6:10-17).
- Se opor as injustiças.
- Declarar a verdade.
14 e 15. O Poder do Espírito Santo / o Retorno de Cristo.
A ação do Espírito Santo é uma condição indispensável para esperar resultados.
Crer na Volta de Jesus, pessoal e visivelmente, em poder e glória para consumar a salvação e o juízo.
A. O poder do Espírito Santo é gracioso e contínuo.
- O testemunho da Igreja (Jo 16:14).
- O Espírito Santo e as quatro etapas de crescimento:
- Convicção de pecado.
- Fé em Jesus.
- Novo Nascimento.
- Santificação.
- O Espírito Santo é um Espírito missionário, logo uma igreja cheia do Espírito Santo é uma igreja missionária.
- Para a evangelização mundial é necessária a renovação da igreja pelo Espírito Santo (Sabedoria, fé, santidade, amor e poder).
- O retorno de Cristo.
- Cremos que Jesus voltará:
- Pessoalmente (At 1:1).
- Visivelmente (Ap 1:7).
- Em poder e glória (Mc 13:26).
- Para consumar salvação e juízo (Jo 5:21-29, Hb 9:27-28).
- Isso é um estímulo a evangelização (Mt 24:14 – então virá o fim).
- Duas etapas de Reino:
- Convidando para o Reino da Graça.
- Preparando para o reino de Glória.
Conclusão: Compromisso de orar juntos, planejar juntos, e trabalhar juntos pela evangelização de todo o mundo.
1 Stott Comenta Lausanne, pg. 192 Idem, pg 46.
3 Esse número inclui muitos que já ouviram o evangelho.
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