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Mostrando postagens de março, 2015

QUANDO A GLÓRIA DE DEUS NOS ENCHE

2Crônicas 6 e 7: 1. INTRODUÇÃO Os cristãos vivemos uma certa nostalgia da glória de Deus. É por isto que fazem tanto sucesso os promotores de espetáculos litúrgicos. Nós queremos ver, cheirar, tocar, ouvir e saborear a glória de Deus. Os antigos chamavam a toda manifestação espetacular presença de "teofania" (Deus aparecendo). Para os caçadores de sinais, só o deus alcançável pelos sentidos do corpo é Deus. Eis o que nos estão a dizem aqueles que vivem dos sinais visíveis do Senhor. Jesus, Deus visível, enfrentou esta dinâmica humana. A cada milagre que fazia, a multidão esperava um milagre ainda maior. Foi por isto que Ele lhes pediu arrependimento e não aquele tipo de credulidade incapaz de um compromisso. Enquanto alguns anseiam por esta teofania, pulando de circo em circo, outros a têm relegado, tratando-a como se fosse um estágio primário da revelação de Deus. Segundo esta visão, hoje, por já nos ter dado o Seu Verbo e a Sua Palavra, Ele não precisa mais lançar mão da...

Equilíbrio Teológico entre Calvinismo e Arminianismo

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As respectivas posições fundamentais, tanto do Calvinismo como do Arminianismo, são ensinadas nas Escrituras. O Calvinismo exalta a graça de Deus como a única fonte de salvação — e assim o faz a Bíblia; o Arminianismo acentua a livre vontade e responsabilidade do  homem — e assim o faz a Bíblia. A solução prática consiste em evitar os extremos antibíblicos de um e de outro ponto de vista, e em evitar colocar uma idéia em aberto antagonismo com a outra. Quando duas doutrinas bíblicas são colocadas em posição antagônica, uma contra a outra, o resultado é uma reação que conduz ao erro. Por exemplo: a ênfase demasiada à soberania e à graça de Deus na salvação pode conduzir a uma vida descuidada, porque se a pessoa é ensinada a crer que conduta e atitude nada têm a ver com sua salvação, pode tornar-se negligente. Por outro lado, ênfase demasiada sobre a livre vontade e responsabilidade do homem, como reação contra o Calvinismo, pode trazer as pessoas sob o jugo do legalismo e despojá-l...

ONÉSIMO – O ESCRAVO DE "FILEMOM":

Quem era Filemom? Filemom morava em Colosso, era cristão, rico e mantinha uma igreja em sua própria residência; como vemos em Filemom 1:2: “E à nossa amada Afia, e a Arquipo, nosso camarada, e à igreja que está em tua casa” Ao observar a carta de Filemon, vemos o apóstolo Paulo e os dois personagens; Onésimo e Filemon, em uma fascinante história que se assemelha ao plano da salvação para a humanidade. Quem foi Onésimo? Era o escravo de Filemom que havia furtado alguma coisa do seu senhor, e havia fugido para Roma; e lá se encontrou com Paulo e este o evangelizou e o batizou. Vendo a necessidade de corrigir o mal que Onésimo havia feito, Paulo o enviou de volta a Filemon, pedindo que este recebesse o seu escravo e o perdoasse. A carta de Paulo à Filemom pode ser considerada uma lição prática do perdão e restauração entre o pecador e Deus. Cada aspecto do perdão divino é visto no perdão que Paulo buscou para Onésimo. A carta de Paulo à Filemon: Quando Paulo estava na prisão ...

A melhor argumentação contra o Paradoxo de Epicuro

Teodicéia – por Ed René Kivitz Texto de autoria de Ed René Kivitz Acho que Epicuro foi quem formulou a questão a respeito da relação entre a onipotência e a bondade de Deus. A coisa é mais ou menos assim: se Deus existe, ele é todo poderoso e é bom, pois não fosse todo-poderoso, não seria Deus, e não fosse bom, não seria digno de ser Deus. Mas se Deus é todo-poderoso e bom, então como explicar tanto sofrimento no mundo? Caso Deus seja todo-poderoso, então ele pode evitar o sofrimento, e se não o faz, é porque não é bom, e nesse caso, não é digno de ser Deus. Mas caso seja bom e queira evitar o sofrimento, e não o faz porque não consegue, então ele não é todo-poderoso, e nesse caso, também não é Deus. Escrevendo sobre a Tsunami que abalou a Ásia, o Frei Leonardo Boff resume: “Se Deus é onipotente, pode tudo. Se pode tudo porque não evitou o maremoto? Se não o evitou, é sinal de que ou não é onipotente ou não é bom”. Considerando, portanto, que não é possível que Deus seja ...